Entre 2014 e 2015, o mundo financeiro foi inundado de novidades e perspectivas de fortes mudanças. Uma das principais, sem dúvidas, é a forte ascensão das Fintechs (startups que entregam digitalmente alguns serviços financeiros específicos e que estão surgindo às centenas no mundo), já causando mudanças no mercado e, principalmente, na postura dos grandes bancos e seguradoras.Inclusive, existem diversos mapas que mostram a quantidade de Fintechs, já detalhando suas principais especialidades.Veja um panorama internacional:[caption id="" align="aligncenter" width="600"]
Clique para ver a imagem com mais detalhes[/caption]Esse novo panorama de mercado, fez com que os principais players de serviços financeiros iniciassem movimentos de mudanças em seus fundamentos.É claro, possibilitado pelas novas possibilidades de transformação digital e disrupção do mercado financeiro. Vamos então falar das 3 principais tendências que estão (ou deveriam estar) nos planos de bancos e seguradoras:
A experiência vivida pelo cliente é um fator cada vez mais essencial para que empresas tenham sucesso. Segundo o estudo da McKinsey, “Digitizing the consumer decision journey”, dois terços das decisões de consumidores são determinadas pela qualidade da experiência em suas jornadas anteriores.
Apesar dos canais digitais criados nas últimas décadas terem melhorado interações simples entre clientes e empresas, ainda há um longo caminho para que processos como abertura de contas e contratações de produtos transformem-se da versão papelada para a digital.Além disso, a personalização de ofertas para clientes dependerá cada vez mais de Big Data e Machine Learning. Isso porque são esperadas cada vez mais recomendações relevantes que se encaixam com o que esses clientes precisam.Por isso, veremos maior importância não só da coleta das informações, mas principalmente da análise dos dados.Ou seja, Data Analytics e escalabilidade para lidar com grandes quantidades de dados de forma rápida e eficiente serão essenciais.Como exemplo de empresa de serviço financeiro que se encaixa bem com essas preocupações, temos a Nubank.É incrível ver a preocupação com facilidade de acesso (canais), conteúdo (recomendações) e a capacidade em resolver o problema rapidamente (a cereja da satisfação do cliente).A empresa já é referência por ter uma jornada de cliente ideal (sem papel, não-presencial, rápida, com recomendações e canais funcionais). Se quiser um exemplo, há pouco tempo, houve um caso de extrema atenção ao cliente que chamou bastante a atenção:
O conceito de ecossistema é utilizado em diversos segmentos e se baseia na integração de parceiros em torno de uma plataforma principal.Por exemplo, em e-commerce temos os marketplaces, como Cnova (Extra, PontoFrio, CasasBahia) e B2W (Submarino e Americanas), e plataformas online, como Catho e Expedia.Bancos já vêm trabalhando esse conceito através de Open Banking, que concebe a criação de um ecossistema de parceiros digitais, de diversos segmentos, conectados ao banco (sobre o qual falamos ao Valor Econômico noano passado, veja aqui). Um exemplo brasileiro é o Bradesco, através do InovaBRA, com a abertura de APIs turbinada pela plataforma de gerenciamento de APIs da Sensedia , o API Suite.Uma grande mudança de percepção para 2016 é o posicionamento das startups Fintech como parceiras, e não necessariamente como concorrentes.Isso porque bancos contam tanto com uma base sólida e crescente de clientes, como também com todo o aparato regulamentório. Ou seja, grandes bancos e seguradoras se tornarão plataformas de serviços financeiros, já que Fintechs também estarão conectadas a eles.Nesse contexto, Open Banking não apenas faz todo sentido, como se torna praticamente obrigatório para bancos modernos e que querem se manter relevantes, frente à concorrência.Já conseguimos ver exemplos concretos desse movimento nos EUA e também no Brasil. O Cardless Cash oferece a possibilidade de sacar dinheiro de ATMs usando apenas o celular, e já foi possibilitado para mais de 28 bancos nos EUA pelo PayPal.Por aqui, temos desde os sites de cotação de seguros (como Bidu e MinutoSeguros) que se conectam às seguradoras, até iniciativas de aceleração de startups como o próprio InovaBRA do Bradesco e, no caso de seguros, a Oxigênio da Porto Seguro.Para a construção de ecossistemas, nada mais importante do que a qualidade, uniformidade, segurança e velocidade de integrações. Por isso, recomendo que assista ao Webinar Ecossistemas Digitais e a nova forma de fazer integrações B2B.
Inovação é o grande motor dos dois pontos anteriores. Exatamente por isso que ela não pode parar e tende a aumentar.Tecnologias de inteligência artificial, blockchain, robôs e IoT (internet das coisas) são, com certeza, pontos de atenção para a próxima década.Dentre estes, com certeza IoT é o que está passando por um maior desenvolvimento. Temos visto grandes mudanças nos meios de pagamento nos EUA, através não só de celular (com ApplePay, SamsungPay, AndroidPay, etc.), mas também através de wearables como smartwatches e até acessórios.A brasileira Atar (também participantes do InovaBRA), disponibiliza anéis, clips e pulseiras que conseguem fazer pagamentos (entre outras ações) via NFC. Muito legal!Ainda em Internet das Coisas, também podemos citar a possibilidade de rastreamento dos carros para mapear tanto o estilo de direção, quanto as localizações e horários mais utilizados. A Liberty Seguros já tem uma iniciativa que pode reduzir o valor do seguro para motoristas mais prudentes.Uma grande preocupação na hora de inovar é manter a solidez operacional. No API Experience 2015, primeiro evento focado em APIs do Brasil, o diretor de produtos do Spotify falou sobre como eles tratam essa diferença de velocidade para diferentes realidades no Spotify:
Segundo report do Forrester, "Begin your journey to digital mastery", a transformação digital é alcançada através do foco na experiência do cliente, que trará requisitos de canais, atendimento e serviço diretos.Eles puxarão a digitalização da operação da empresa e, assim, criar uma grande revolução na forma como fazemos negócio.Para os grandes bancos e seguradoras, com certeza o caminho é longo, dado não só a complexidade de suas operações e sistemas, como também os sistemas legados, que exigem uma preocupação maior para integrações com aplicações novas e ágeis. Pensando em Arquitetura, um caminho pode ser incentivar o uso de Microservices nas operações. Essa tendência tem poucos anos, mas já mostrou um potencial enorme. Fizemos um webinar sobre ela no ano passado.Considerando tudo isso, a Sensedia tem uma solução preparada para resolver esses problemas. Nossa plataforma de gerenciamento de APIs já está impulsionando os projetos do Bradesco e diversos outros grandes clientes, e temos a capacidade de tornar a sua arquitetura de TI preparada. Quer ver nosso produto em ação? Vamos bater um papo. Basta entrar em contato ;)