No Brasil, o engajamento em diversos programas de digitalização do governo tem disponibilizado aplicativos para diversos fins, como para a produção de documento de identidade, carteira de habilitação, carteira de trabalho, acesso a saldos do FGTS e do INSS, pagamento de tributos e muitas outras aplicações.
A digitalização dos serviços, que já era uma tendência antes da pandemia, foi acelerada durante esse período. Segundo o BID, em pesquisa de 2020, a maioria dos brasileiros (86%) dizia já estar plenamente adaptada ao mundo conectado para realizar atividades online, principalmente em transações via aplicativos ou mesmo pela web.
Portanto, em pouco tempo, foi criado um razoável ecossistema de aplicativos online no setor público que já cobrem diversas necessidades do cidadão. Porém, nesta realidade ainda existe um grande espaço para novos progressos na modernização da integração entre os órgãos de governo, em diversas esferas.
Continue lendo este artigo e veja o contexto da digitalização no governo. Boa leitura!
Este processo de digitalização, sem dúvida, cria uma combinação de fatores muito promissora e que possibilita uma retroalimentação altamente positiva para a sociedade brasileira: na medida em que os governos se tornam mais digitalizados, os cidadãos se tornam também mais conectados e habituados aos serviços governamentais online.
Em paralelo, o processo também traz importantes benefícios para os governos: ele tende a gerar um ambiente tecnológico mais integrado e moderno, com potencial de impactar outros aspectos da gestão pública, aumentando sua eficiência interna e forçando uma melhor integração entre sistemas legados e a consolidação das informações disponibilizadas, visando ampliar o alcance dos serviços públicos digitais.
Portanto, além do impacto positivo para o cidadão, a digitalização favorece a economia de recursos e a otimização dos processos internos dos órgãos públicos.
Um exemplo concreto deste impacto é visto no governo federal. O órgão divulgou recentemente que economizou cerca de 2 bilhões em 2019 e 2020 por meio dos serviços digitalizados e já possui mais de 90 milhões de usuários cadastrados no portal Gov.br, que visa unificar diversos sites e aplicativos da União.
Mesmo com uma realidade promissora no setor, há ainda um grande caminho de transformação digital a trilhar na maioria dos órgãos públicos. É relativamente comum na administração pública que ainda existam muitos silos de informação e baixa integração entre os sistemas legados, criando grandes desafios para se compartilhar e consolidar a informação.
Dentro dessa realidade, ainda é incipiente a adoção de novas arquiteturas de serviços baseadas em APIs e microsserviços, predominando os sistemas monolíticos. O que gera alta complexidade e maior custo de manutenção.
Falando em valores, o custo de gestão da infraestrutura tende a ser mais alto do que nas empresas privadas, uma vez que predominam os sistemas on premise, hospedados em redes próprias.
Na maioria dos casos, uma maior adoção da computação em nuvem pública ofereceria diversas vantagens econômicas para o governo, reduzindo significativamente o custo operacional de se manter data centers e links próprios - opção que acarreta alguns desafios de conectividade, segurança da informação e privacidade.
Para eliminar os silos entre as áreas e reduzir a complexidade da integração, a Sensedia recomenda o uso de APIs REST, abertas e padronizadas, funcionando como uma ”linguagem comum” entre os sistemas legados.
Este approach, que desenvolve soluções para ambientes altamente complexos e fragmentados, tem a grande vantagem de criar uma interface universal, simples e flexível para comunicação entre sistemas. Por isso, unificar a comunicação e padronizar as informações intercambiadas é o passo inicial para favorecer um processo mais amplo de integração e transformação digital.
Baseado em nossa experiência, é recomendável que este processo de integração seja cuidadosamente planejado por fases e que cubra gradualmente, não só a criação de APIs padronizadas entre sistemas, mas também a quebra dos sistemas legados monolíticos, utilizando técnicas de Domain Driven Design para mapear os microsserviços resultantes.
Finalmente, a disponibilização de APIs de governo por meio de portais, torna realmente acessível aos desenvolvedores de empresas privadas o consumo de APIs públicas e a obtenção de informações cruciais que apenas os entes públicos possuem.
Além de fomentar ganhos econômicos e mais agilidade nos processos de negócios dos consumidores das APIs, a criação de APIs públicas é um importante passo na democratização do acesso à informação.
A Sensedia, com 15 anos de experiência em projetos complexos de transformação digital utilizando APIs abertas, está unicamente posicionada no mercado brasileiro para atender quaisquer requisitos de integração por meio de APIs, trazidos pelos governos, nas três esferas.
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