Colocar na balança a importância de um determinado setor de mercado é uma tarefa difícil, visto que todos são essenciais para fazer a roda da economia girar no país. Contudo, quando falamos sobre alimentos e bebidas, podemos dizer que essa é a maior área de todas.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), este mercado representa 10,6% do PIB brasileiro, gera 1,72 milhão de empregos diretos e coloca o Brasil como o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo.
Mesmo assim, como em outros segmentos industriais, o setor está sujeito a exigências específicas, projeções particulares e grandes desafios, principalmente ligados à modernização digital, que podem determinar o sucesso ou o fracasso do negócio.
Neste artigo, você irá entender um panorama geral sobre as tendências para essa indústria e o papel da tecnologia para solucionar os desafios que impactam no crescimento do negócio.
Podemos dizer que na vida pré Covid-19 a forma de consumir alimentos e bebidas era mais “limitada”. Mas o que isso significa?
A pandemia trouxe um olhar mais atento para o desenvolvimento das arquiteturas digitais, antes dominadas por sistemas legados presentes na indústria, para que fosse possível atender as demandas com dinâmicas de trabalho com qualidade, que apresentassem segurança e padronização.
Para isso, passou-se a investir em sistemas de comunicação integrados para coletar e integrar dados dos sistemas CRM, ERP, SCM e PLM, como também os dos sensores nas máquinas. A partir de então, os dados ficaram à mostra em aparelhos mais acessíveis, que poderiam ser colocados em qualquer lugar, inclusive em um tablet ou qualquer dispositivo móvel. Isso permitiu coletar, visualizar e analisar dados de todas as áreas da fábrica de qualquer lugar, tornando possível controlar e otimizar a produção do início ao fim.
Portanto, com a acelerada necessidade de atender as solicitações, houve uma otimização para a Indústria 4.0, mesmo com sistemas legados e equipamentos antigos.
Como dito anteriormente, fazer uso de tecnologias mais sustentáveis, como modernização de sistemas legados, APIs para integrar aplicativos em nuvem com sistemas on-premise e IoT (Internet of Things), pode contribuir para uma produção mais eficiente, com redução do uso de recursos naturais, geração de resíduos e consumo de energia.
O mundo da TI, ao convergir com a indústria 4.0, traz um conjunto de diferentes tecnologias que permitem um ambiente de ainda mais digitalização e inovação. Além disso, a TI industrial pode, inclusive, demandar que a tecnologia operacional (ou operational technology, OT), a Tecnologia da Informação (TI) e até a Internet Industrial das Coisas (IIoT) operem em conjunto para oferecer a melhor experiência para o setor.
Dentro disso, um dos principais pontos de convergência entre a TI e o OT, além da troca de dados, é a geração de informação com maior riqueza e melhores visões para a administração do negócio. Com estes dados é possível coletar dos sensores diretamente na linha de produção e alimentar painéis e ferramentas de ERP.
Essa jornada de desenvolvimento tecnológico que passa pelos equipamentos utilizados na indústria, como os próprios CLPs, RTUs e os PCs industriais, passa a contar com mais protocolos de comunicação, o que leva alguns a se conectarem com plataformas de Cloud Computing para a automatização da coleta e disponibilização de dados.
Hoje, a convergência entre a TI e OT permite que diversas aplicações e evoluções sejam utilizadas também no ambiente de chão de fábrica, indo de encontro à Internet das Coisas Industrial. Um gateway de IoT Industrial pode ser conectado ao sistema já existente, permitindo que a coleta de dados seja aplicado numa plataforma de ERP ou outro tipo de aplicação de negócio.
Logo, podemos falar sobre a evolução deste setor para o modelo de indústria 4.0
Alguns conceitos são importantes para quem deseja organizar seu negócio com o objetivo de deixá-lo cada vez mais digital, conectado e aberto. Neste sentido, para as empresas de alimentos e bebidas, o importante é dar um passo de cada vez, ou seja, organizar seus sistemas internos. Para isso, usamos o conceito de interoperabilidade.
Deixar suas plataformas interoperáveis significa padronizar e modernizar seus processos, através de APIs e Microsserviços, facilitando as conexões entre todas as áreas do seu negócio. Consequentemente, com a estratégia de interoperabilidade bem realizada, será possível habilitar o chamado Smart Factory, conceito que significa ter um ecossistema de redes interconectadas de máquinas com os mecanismos de comunicação.
O Smart Factory é uma prática que usa tecnologias avançadas, como IA (inteligência artificial) e Machine Learning para analisar dados e conduzir processos automatizados.
O foco nesse desenvolvimento digital, proporcionado inicialmente pelas APIs, possibilita mais integração dos sistemas, migração para a nuvem e maior agilidade no processo de venda. Como isso, se torna possível resolver alguns desafios do setor, como:
Por lidar com artigos perecíveis, é essencial que as rotinas de armazenagem obedeçam a critérios inteligentes e integrados, evitando erros que possam gerar prejuízos. Assim, a alta produção sem escoamento e falta de controle na validade dos lotes, são questões que podem ser corrigidas a partir da integração do negócio.
Os processos de gestão de qualidade, uma vez definidos e parametrizados, devem ser rigorosamente seguidos a cada lote produzido. Portanto, a gestão de qualidade inclui o controle de produtos adquiridos e acabados, relatórios de não-conformidade e práticas ISO, como domínio de lotes e rastreabilidade de itens.
Diante dos desafios pertinentes ao setor, é válido enfatizar que a implantação de um sistema ERP aparece como ferramenta fundamental à gestão equilibrada do negócio, uma vez que o software centraliza todas as informações da empresa e integra as áreas de forma a fornecer um panorama completo da situação operacional da organização.
Hoje, valor de frete e prazo de entrega são fatores tão relevantes para a decisão de compra quanto preço. Nesse contexto, contar com soluções que gerem alta cobertura e competitividade logística é uma aposta certeira para crescer no e-commerce.
Muitas fábricas já apresentam bons progressos ao aderir tecnologias de operação (OT) e de informação (TI), com a instalação de máquinas inteligentes e conectadas, digitalização e automação de processos e sistemas de análise preditiva.
É comum, porém, que apresentem dificuldades em termos de interoperabilidade e adaptabilidade, com sistemas isolados e monolíticos, em um ambiente com uma variedade de padrões, além da complexidade na integração com os colaboradores.
Parte da visão de Indústria 4.0 apresentada, consiste em superar essas barreiras, possibilitando o fluxo de informações e permitindo ações coordenadas entre funcionários, sistemas, máquinas e colaboradores externos.
Isto é possível com o uso de APIs que, de forma padronizada, e aplicando mecanismos de segurança permitem a integração ágil e segura entre sistemas e dispositivos.
Percorrer a jornada de transformação digital não é uma tarefa simples e requer, além de tudo, visão a médio e longo prazo sobre o nível de maturidade que seu negócio pode chegar. E para isso, é fundamental caminhar com parceiros que ajudem a ter esse olhar e sejam referência no mercado.
Esse é o papel da Sensedia, uma empresa reconhecida pelo Forrester como líder em API Management e com um time de especialistas preparados para fornecer ao mercado de alimentos e bebidas a melhor estratégia em APIs e integração.