Digital Transformation
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October 18, 2022

Digitalização na indústria de alimentos e bebidas: tendências e desafios

Hecktor Colombo
Content Creator
Marketing analyst. Specialist in content creation for blog, social networks, websites and journalistic text producer. Majoring in Marketing and Journalism at Estácio de Sá, in Rio de Janeiro
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Colocar na balança a importância de um determinado setor de mercado é uma tarefa difícil, visto que todos são essenciais para fazer a roda da economia girar no país. Contudo, quando falamos sobre alimentos e bebidas, podemos dizer que essa é a maior área de todas.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), este mercado representa 10,6% do PIB brasileiro, gera 1,72 milhão de empregos diretos e coloca o Brasil como o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo.

Mesmo assim, como em outros segmentos industriais, o setor está sujeito a exigências específicas, projeções particulares e grandes desafios, principalmente ligados à modernização digital, que podem determinar o sucesso ou o fracasso do negócio. 

Neste artigo, você irá entender um panorama geral sobre as tendências para essa indústria e o papel da tecnologia para solucionar os desafios que impactam no crescimento do negócio.

A pandemia como divisor de águas para a indústria de alimentos e bebidas

Podemos dizer que na vida pré Covid-19 a forma de consumir alimentos e bebidas era mais “limitada”. Mas o que isso significa? 

A pandemia trouxe um olhar mais atento para o desenvolvimento das arquiteturas digitais, antes dominadas por sistemas legados presentes na indústria, para que fosse possível atender as demandas com dinâmicas de trabalho com qualidade, que apresentassem segurança e padronização.

Para isso, passou-se a investir em sistemas de comunicação integrados para coletar e integrar dados dos sistemas CRM, ERP, SCM e PLM, como também os dos sensores nas máquinas. A partir de então, os dados ficaram à mostra em aparelhos mais acessíveis, que poderiam ser colocados em qualquer lugar, inclusive em um tablet ou qualquer dispositivo móvel. Isso permitiu coletar, visualizar e analisar dados de todas as áreas da fábrica de qualquer lugar, tornando possível controlar e otimizar a produção do início ao fim.

Portanto, com a acelerada necessidade de atender as solicitações, houve uma otimização para a Indústria 4.0, mesmo com sistemas legados e equipamentos antigos. 

A relação entre a tecnologia e o crescimento contínuo do setor de A&B

Como dito anteriormente, fazer uso de tecnologias mais sustentáveis, como modernização de sistemas legados, APIs para integrar aplicativos em nuvem com sistemas on-premise e IoT (Internet of Things), pode contribuir para uma produção mais eficiente, com redução do uso de recursos naturais, geração de resíduos e consumo de energia. 

O mundo da TI, ao convergir com a indústria 4.0, traz um conjunto de diferentes tecnologias que permitem um ambiente de ainda mais digitalização e inovação. Além disso, a TI industrial pode, inclusive, demandar que a tecnologia operacional (ou operational technology, OT), a Tecnologia da Informação (TI) e até a Internet Industrial das Coisas (IIoT) operem em conjunto para oferecer a melhor experiência para o setor.

Dentro disso, um dos principais pontos de convergência entre a TI e o OT, além da troca de dados, é a geração de informação com maior riqueza e melhores visões para a administração do negócio. Com estes dados é possível coletar dos sensores diretamente na linha de produção e alimentar painéis e ferramentas de ERP.

Essa jornada de desenvolvimento tecnológico que passa pelos equipamentos utilizados na indústria, como os próprios CLPs, RTUs e os PCs industriais, passa a contar com mais protocolos de comunicação, o que leva alguns a se conectarem com plataformas de Cloud Computing para a automatização da coleta e disponibilização de dados.

Hoje, a convergência entre a TI e OT permite que diversas aplicações e evoluções sejam utilizadas também no ambiente de chão de fábrica, indo de encontro à Internet das Coisas Industrial. Um gateway de IoT Industrial pode ser conectado ao sistema já existente, permitindo que a coleta de dados seja aplicado numa plataforma de ERP ou outro tipo de aplicação de negócio.

Logo, podemos falar sobre a evolução deste setor para o modelo de indústria 4.0

Os primeiros passos para entrar na Indústria 4.0

Alguns conceitos são importantes para quem deseja organizar seu negócio com o objetivo de deixá-lo cada vez mais digital, conectado e aberto. Neste sentido, para as empresas de alimentos e bebidas, o importante é dar um passo de cada vez, ou seja, organizar seus sistemas internos. Para isso, usamos o conceito de interoperabilidade.

Deixar suas plataformas interoperáveis significa padronizar e modernizar seus processos, através de APIs e Microsserviços, facilitando as conexões entre todas as áreas do seu negócio. Consequentemente, com a estratégia de interoperabilidade bem realizada, será possível habilitar o chamado Smart Factory, conceito que significa ter um ecossistema de redes interconectadas de máquinas com os mecanismos de comunicação.

O Smart Factory é uma prática que usa tecnologias avançadas, como IA (inteligência artificial) e Machine Learning para analisar dados e conduzir processos automatizados.

O foco nesse desenvolvimento digital, proporcionado inicialmente pelas APIs, possibilita mais integração dos sistemas, migração para a nuvem e maior agilidade no processo de venda. Como isso, se torna possível resolver alguns desafios do setor, como:

  • Controle de estoque e armazenagem

Por lidar com artigos perecíveis, é essencial que as rotinas de armazenagem obedeçam a critérios inteligentes e integrados, evitando erros que possam gerar prejuízos. Assim, a alta produção sem escoamento e falta de controle na validade dos lotes, são questões que podem ser corrigidas a partir da integração do negócio.

  • Controle de qualidade

Os processos de gestão de qualidade, uma vez definidos e parametrizados, devem ser rigorosamente seguidos a cada lote produzido. Portanto, a gestão de qualidade inclui o controle de produtos adquiridos e acabados, relatórios de não-conformidade e práticas ISO, como domínio de lotes e rastreabilidade de itens.

  • A credibilidade dos dados obtidos durante o processo é indispensável

Diante dos desafios pertinentes ao setor, é válido enfatizar que a implantação de um sistema ERP aparece como ferramenta fundamental à gestão equilibrada do negócio, uma vez que o software centraliza todas as informações da empresa e integra as áreas de forma a fornecer um panorama completo da situação operacional da organização.

  • Integração com setor de logística

Hoje, valor de frete e prazo de entrega são fatores tão relevantes para a decisão de compra quanto preço. Nesse contexto, contar com soluções que gerem alta cobertura e competitividade logística é uma aposta certeira para crescer no e-commerce.

O papel de APIs na modernização digital

Muitas fábricas já apresentam bons progressos ao aderir tecnologias de operação (OT) e de informação (TI), com a instalação de máquinas inteligentes e conectadas, digitalização e automação de processos e sistemas de análise preditiva. 

É comum, porém, que apresentem dificuldades em termos de interoperabilidade e adaptabilidade, com sistemas isolados e monolíticos, em um ambiente com uma variedade de padrões, além da complexidade na integração com os colaboradores.

Parte da visão de Indústria 4.0 apresentada, consiste em superar essas barreiras, possibilitando o fluxo de informações e permitindo ações coordenadas entre funcionários, sistemas, máquinas e colaboradores externos.

Isto é possível com o uso de APIs que, de forma padronizada, e aplicando mecanismos de segurança permitem a integração ágil e segura entre sistemas e dispositivos.

A importância de ter um parceiro para essa jornada

Percorrer a jornada de transformação digital não é uma tarefa simples e requer, além de tudo, visão a médio e longo prazo sobre o nível de maturidade que seu negócio pode chegar. E para isso, é fundamental caminhar com parceiros que ajudem a ter esse olhar e sejam referência no mercado.

Esse é o papel da Sensedia, uma empresa reconhecida pelo Forrester como líder em API Management e com um time de especialistas preparados para fornecer ao mercado de alimentos e bebidas a melhor estratégia em APIs e integração.

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